Educadores, pesquisadores e diversos outros profissionais ligados à área de educação se reuniram na manhã desta terça-feira (6) para o Education Leaders Forum 2014, evento promovido pela Adobe em parceria com a Wacom e com o apoio da Universia Brasil.
Tomando como palco o auditório do Hotel Pullman Ibirapuera, o congresso contou com a participação de representantes de ambas as empresas e uma série de palestras que discutiram como a tecnologia pode ser usada para aprimorar o processo de educação e incentivar a criatividade dos jovens.
Rafael Goldchain, coordenador e professor do Sheridan College (Canadá), foi o escolhido para abrir o evento e dar início aos outros keynotes. Comentando rapidamente sobre sua experiência profissional, o norte-americano afirmou que a tecnologia é uma ferramenta capaz de facilitar a criatividade dos alunos e deve ser o principal foco de instituições educacionais quando o assunto é investimentos.
A visão da Adobe e suas contribuições para o mercado
Esse mesmo pensamento é reafirmado por Melissa Jones, coordenadora do programa Adobe World Wide Education. Para a executiva, a criatividade é o futuro da educação e as novas tecnologias permitem que os jovens expressem suas ideias de uma maneira inédita e revolucionária, alterando a forma com que eles interagem com o mundo. “Temos cada vez mais liberdade para criar”, afirma.
Como exemplo, Melissa cita um fenômeno bastante interessante e facilmente perceptível: enquanto costumávamos usar currículos formais na hora de conseguir um emprego, agora é cada vez mais comum o uso de infografia e recursos de interatividade para a criação de um CV ou portfolio que mostre as habilidades de um profissional de uma maneira criativa. Contudo, a executiva também ressalta que a aplicação de novas tecnologias deve ser acompanhada de um treinamento adequado dos educadores que as utilizarão de forma habitual.
Ao comentar sobre as soluções da Adobe que podem ser interessantes para educadores, alunos e profissionais recém-formados, Melissa destaca o Behance (serviço que permite a criação de portfolios) e o Adobe Education Exchange (um portal repleto de recursos voltados para profissionais da educação que procuram aprender mais sobre os produtos da empresa).
Através deste último, é possível aproveitar cursos gratuitos (batizados como Train the Trainer) que oferecem uma certificação de treinador da Adobe para o aluno que for aprovado nos testes. A próxima turma, por sinal, inicia no dia 29 de junho e interessados em participar devem se inscrever por este link até 14 de julho.
A importância dos cursos online gratuitos
O Education Leaders Forum também contou com a presença de Alida Nardi, gerente de relacionamento da Universia Brasil (consagrada rede de universidades de língua hispânica e portuguesa). Para a especialista, a internet e a educação digital possibilitam a conexão do mundo estudantil mundial e internacionalizam o crédito acadêmico.
Nardi iniciou sua palestra destacando os impressionantes números da Universia – que está presente em 23 países, tem parceria com 29 instituições e oferece 129 cursos online por meio de uma plataforma própria.
A executiva também comentou sobre a febre dos MOOCs (Massive Open Online Courses ou Cursos Online Abertos e Massivos), sua monetização (através da cobrança de um pequeno valor para emissão de certificados para cursos gratuitos, por exemplo) e como eles podem se tornar ainda mais úteis para as organizações acadêmicas e próprios alunos.
Tendências para o futuro
A finalização do evento ficou a cargo de Thiago Chaer, educador e fundador do Instituto Inovar para Educar. O especialista destacou que o Brasil ainda é um país muito pobre em relação à educação pública – citando, inclusive, o dinheiro reservado à Copa que poderia ser usado para investir em tecnologias na sala de aula.
Para Thiago, a internet e as novas tecnologias são capazes de resolver problemas clássicos da educação e facilitar o processo de aprendizagem do jovem. Comentando sobre o futuro da área educacional, o palestrante afirma que as principais tendências para os próximos anos serão soluções baseadas em cloud computing, mobile learning (material didático em dispositivos móveis) e uso de jogos eletrônicos como instrumento de ensino.
E a Wacom?
De acordo com Jim McCartney, vice-presidente de vendas da Wacom, a companhia pretende se estabelecer em breve no mercado brasileiro e fortalecer sua presença na América Latina em geral. Conversado com a equipe do TecMundo, o executivo afirmou que, durante os próximos anos, a companhia deve investir mais na divulgação nacional de seus produtos e soluções para profissionais, abrindo terreno para possíveis escritórios locais.
Os visitantes do Education Leaders Forum puderam conhecer mais a fundo os produtos da empresa e até conferir uma apresentação ao vivo da mesa Cintiq 22HD, versão mais aprimorada da Cintiq 13HD – modelo que já foi analisado previamente por nossos redatores.